quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mamãe pássaro revoa em torno do ninho diante da longa agonia de seu filhote









O ninho do pássaro ficava entre o transformador e o poste. A mamãe pássaro desde ontem revoava em torno do ninho e trazia alimento para o seu filhote enleado nos fios do ninho.


São da espécie tesourinha (Muscivora tyrannus).


A tesourinha é uma ave facilmente reconhecível por sua longa cauda bifurcada, que lhe dá o nome. Mede no total 28 cm se for fêmea ou 38 cm se for macho, tendo este cauda mais longa. Tem ventre branco, costas cinzentas e cabeça e face pretas. Entre as penas do alto da cabeça, tem algumas de cor amarela que não costumam ser vistas, a não ser quando está excitada e/ou fazendo galanteios.
Aparece no nosso Estado em fins de setembro, migrando para o Norte em fins de fevereiro ou início de março, em bandos que totalizam milhões de indivíduos, segundo Belton. Costuma pousar nos fios, arames de cerca, antenas de televisão, etc. A fêmea costuma botar quatro ovos, no período em que aqui permanece. Alimenta-se de pequenos artrópodes e frutos.


Talvez poucas aves conheçam melhor a América do Sul do que a tesourinha. Existem tesourinhas que vivem no sul (Argentina, Paraguai e extremo sul do Brasil), em várias outras partes do Brasil, no Caribe e no sul do México.

Depois do verão, as tesourinhas migram aos milhares para a região da Amazônia, onde permanecem até o inverno acabar.

No início da primavera, cada uma volta para a sua região de origem, onde vão reproduzir, criar os filhotes e começar tudo novamente no ano seguinte. Assim, as tesourinhas são muito abundantes nas regiões onde vivem, mas apenas em algumas épocas do ano. Em outras, desaparecem completamente.

Sendo uma ave migratória é essencial para a manutenção dos ecossistemas do nosso judiado planeta que todas as aves possam se reproduzir e perpetuar sua espécie.

Neste ano de 2011, essa mamãe tesourinha não pode cumprir sua grande missão, em razão da ação e da omissão humana.

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